Em meio às exigências de um ritmo de vida acelerado, muitos enfrentam a privação de sono durante a semana, dormindo menos de sete horas por noite. No entanto, uma nova pesquisa oferece uma luz no fim do túnel, revelando que recuperar o sono aos finais de semana pode diminuir o risco de doenças cardíacas em até 20%.
O estudo, conduzido por pesquisadores do Laboratório Estatal de Doenças Infecciosas em Pequim, China, analisou dados de 90.903 indivíduos do projeto UK Biobank para investigar a relação entre sono compensatório e doenças cardíacas. Segundo Yanjun Song, coautor do estudo, “sono compensatório suficiente está ligado a um menor risco de doença cardíaca. A associação se torna ainda mais pronunciada entre indivíduos que regularmente têm sono inadequado durante a semana.”
Os pesquisadores utilizaram acelerômetros para monitorar os padrões de sono e dividiu os participantes em quatro grupos com base na quantidade de sono compensatório nos finais de semana. Os grupos variavam desde menos compensado (-16,05 a -0,26 horas) até mais compensado (+1,28 a 16,06 horas). Aproximadamente 21,8% dos participantes foram identificados como privados de sono, com menos de sete horas de sono por noite.
Os dados foram acompanhados por 14 anos, e a análise revelou que aqueles no grupo com maior compensação de sono (grupo 4) apresentaram uma redução de 19% no risco de desenvolver doenças cardíacas em comparação com o grupo menos compensatório (grupo 1). Para indivíduos com privação de sono diária, aqueles que conseguiram compensar com mais horas de sono durante o fim de semana apresentaram um risco 20% menor de doenças cardíacas em comparação com aqueles que não conseguiram compensar.
Zechen Liu, coautor do estudo, destaca: “Nossos resultados mostram que, para a proporção significativa da população na sociedade moderna que sofre de privação de sono, aqueles que têm mais sono de recuperação nos fins de semana têm taxas significativamente mais baixas de doenças cardíacas do que aqueles com menos sono.”
Este estudo oferece novas esperanças para aqueles que enfrentam a privação de sono diária, sugerindo que a recuperação do sono pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o risco de problemas cardíacos.