Em meio a uma sequência de dias quentes e secos, as capitais brasileiras têm presenciado pôr do sol com cores vibrantes, variando entre tons alaranjados e avermelhados. Esse fenômeno estético, que tem sido ótimo para fotos e redes sociais, está intimamente ligado à poluição atmosférica e ao bloqueio atmosférico que provoca a onda de calor em todo o país.
De acordo com a Climatempo, a estabilidade da massa de ar seco tem resultado na concentração de poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera, alterando a coloração do céu. As partículas em suspensão interferem na luz, dispersando o azul e destacando os tons alaranjados e vermelhos.
“A cor alaranjada e avermelhada está relacionada com a interação da luz com os poluentes que ficam concentrados na camada baixa da atmosfera, mais próxima da superfície”, explica Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo. Esse fenômeno também pode alterar a cor da Lua, tornando-a mais vermelha, especialmente quando se encontra perto do horizonte, devido ao reflexo da luz nas partículas de poluição.
Além da beleza visual, a alta concentração de poluentes tem impactos negativos na saúde e na visibilidade. Em cidades afetadas por queimadas e poluição, o brilho do Sol e da Lua pode ser reduzido, e a qualidade do ar pode causar problemas respiratórios. Para mitigar os efeitos da baixa umidade e poluição, é recomendado beber bastante líquido, evitar atividades físicas intensas durante as horas mais secas e limitar a exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.
O cenário das cores vibrantes no céu, embora impressionante, serve como um lembrete dos desafios associados à poluição e ao tempo seco, destacando a necessidade de cuidados com a saúde e o meio ambiente.