A diástase abdominal, caracterizada pela separação dos músculos retos abdominais, é frequentemente associada ao pós-parto, mas estudos recentes mostram que ela pode afetar mulheres em diferentes fases da vida e até mesmo homens e crianças. Embora seja comum após a gestação, atingindo cerca de 33% das mulheres um ano após o parto, o problema se torna mais prevalente com o avanço da idade. Em mulheres na faixa dos 50 anos, a incidência sobe para 40%, e chega a 52% na pós-menopausa.
O Que é a Diástase Abdominal? A diástase abdominal ocorre quando os músculos retos do abdômen se separam, causando um abaulamento visível na região abdominal, especialmente acima do umbigo. Esse problema pode levar a uma aparência semelhante à de uma mulher grávida, mesmo anos após o parto. Além das mulheres, a diástase também pode afetar homens e crianças.
Causas e Fatores de Risco Os fatores de risco para a diástase incluem sucessivas gestações, aumento do Índice de Massa Corporal (IMC) e diabetes. Para mulheres, a diástase geralmente surge após um ganho excessivo de peso seguido de perda rápida, mas essa condição também pode ocorrer nos homens.
Tratamentos e Intervenções O fortalecimento muscular pode ser benéfico, mas não garante a prevenção da diástase, que também está relacionada à constituição individual, especialmente à elasticidade das fibras musculares. A fisioterapia pode ajudar a melhorar casos mais leves e é especialmente útil no pré e pós-operatório. A cirurgia de correção é recomendada para mulheres que não planejam mais ter filhos e pode ser coberta por planos de saúde.
Opiniões Divergentes sobre o Uso de Cintas O uso de cintas pós-parto é controverso. Médicos geralmente recomendam o uso para evitar esforços excessivos, enquanto fisioterapeutas preferem calcinhas pós-parto, que oferecem compressão sem prejudicar a musculatura abdominal.
A Importância da Fisioterapia A fisioterapia desempenha um papel crucial no tratamento da diástase, focando no fortalecimento da musculatura profunda do abdômen. Em alguns casos, a fisioterapia pode eliminar a necessidade de cirurgia. No entanto, para pacientes que optam por cirurgia, a fisioterapia é essencial para uma recuperação eficaz.
Cirurgia: O Que Esperar A cirurgia de correção da diástase pode ser combinada com outros procedimentos, como abdominoplastia. É importante que as mulheres considerem seu planejamento familiar antes de optar pela cirurgia, já que uma nova gravidez pode comprometer os resultados. O pré e pós-operatório envolvem cuidados específicos e a recuperação pode levar algumas semanas.
Experiências de Pacientes A experiência de pacientes como Domenica Sarcovas e Deborah Daher destaca a eficácia da fisioterapia e da cirurgia no tratamento da diástase. Ambas relatam melhorias significativas em suas condições e enfatizam a importância de um planejamento cuidadoso e suporte durante a recuperação.
Verificação da Qualificação dos Profissionais Ao buscar tratamento, é crucial verificar a qualificação dos profissionais envolvidos. Certifique-se de que cirurgiões plásticos são membros da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e que fisioterapeutas têm a Declaração de Regularidade de Funcionamento do CREFITO.
Conclusão A diástase abdominal é uma condição que pode afetar qualquer pessoa, e o tratamento deve ser personalizado de acordo com a gravidade do caso e as necessidades individuais. A combinação de fisioterapia, cuidados preventivos e, quando necessário, cirurgia, pode levar a uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes.