Em janeiro deste ano, um incêndio devastador consumiu uma empresa de reciclagem em Valinhos, São Paulo. A Defesa Civil suspeita que o fogo tenha começado de forma espontânea devido ao calor intenso, que alcançou 35ºC, combinado com uma grande quantidade de plásticos e papéis no local.
Em entrevista, o ambientalista Allan Duarte detalhou os riscos associados a materiais comuns que podem contribuir para incêndios espontâneos. Segundo Duarte, o descarte irregular de materiais como vidro, pilhas e baterias, e até papel, plástico e tecido, podem ser responsáveis por iniciar ou propagar incêndios em condições específicas.
Vidro: O vidro pode concentrar raios solares e criar o efeito de uma lupa. Quando refletido em vegetação seca ou materiais inflamáveis, pode iniciar a combustão.
Pilhas e baterias: Quando descartadas incorretamente e expostas a altas temperaturas, pilhas e baterias podem esquentar, gerar faíscas ou até explodir, potencialmente iniciando incêndios se estiverem perto de materiais inflamáveis ou vegetação seca.
Papel, plástico e tecido: Embora raramente pegam fogo sozinhos, esses materiais podem alimentar incêndios causados por outros fatores, como explosões de baterias, efeito lupa de vidro, ou faíscas de linhas férreas.
Duarte alerta para a importância do descarte correto desses materiais. “O fogo espontâneo é pouco comum, mas extremamente perigoso. Ele pode resultar em incêndios incontroláveis, com graves danos ao meio ambiente e às pessoas”, destacou.
Para prevenir incêndios, é crucial evitar o descarte irregular e adotar práticas seguras. Duarte recomenda não jogar bitucas de cigarro ou outros resíduos em locais inadequados e evitar a queima de lixo, uma prática que pode ser um vetor para incêndios maiores, mesmo que inicialmente pareça inofensiva.
A prevenção e o combate a incêndios exigem uma mudança cultural e hábitos mais responsáveis. O descarte adequado e a conscientização sobre os riscos são fundamentais para proteger tanto a segurança pública quanto o meio ambiente.