O pistache tem se consolidado como o ingrediente “da vez” nas sobremesas, especialmente no Dia do Sorvete, comemorado hoje (23). Proprietárias de gelaterias especializadas em sorvetes italianos, como Liege Karina Lazanha, de Itu (SP), e Paula Tonello, de Sorocaba (SP), relatam um aumento significativo na procura por gelato de pistache, que já é um dos sabores “chefes” de seus cardápios.
Liege, que optou por utilizar a matéria-prima moída em sua gelateria, destaca que, apesar do preço elevado — que pode ultrapassar R$ 250 o quilo —, a curiosidade pelo sabor tem atraído cada vez mais clientes. “O pistache é realmente muito gostoso, mas algumas receitas podem torná-lo mais doce do que o sabor puro”, explica.
Paula complementa que o sorvete de pistache tem “roubado” espaço de sabores clássicos, como o de chocolate. A quantidade de pistache utilizada em sua gelateria aumentou de 44 toneladas em 2022 para 74 toneladas em 2023, com previsão de atingir 128 toneladas em 2024.
As gelaterias observam que a popularidade do pistache pode ser atribuída a lançamentos de grandes marcas e à influência das redes sociais, que impulsionam a demanda por este sabor sofisticado. Ambas as proprietárias concordam que, mesmo após a tendência passar, o pistache manterá um público fiel.
O pistache, conhecido como “ouro verde”, é considerado uma das sementes mais caras do mundo, e sua produção no Brasil ainda é incerta, com discussões sobre possíveis cultivos no semiárido nordestino. Enquanto isso, as importações do fruto cresceram 97% em 2023, totalizando US$ 8,8 milhões, com os Estados Unidos sendo o principal fornecedor.