Na manhã desta segunda-feira (23), o Rio Piracicaba ainda registra um volume de água abaixo da média esperada para setembro, apesar das chuvas que ocorreram na noite de sexta-feira (20). Com uma vazão de 23,23 mil litros por segundo, o nível está aproximadamente 58% menor do que a média habitual de 55,3 m³/s para o mês.
No domingo (22), a vazão era de 28,45 mil litros por segundo, mas, mesmo com os 9,3 milímetros de chuva registrados na sexta, o impacto no manancial foi mínimo. A representante da Defesa Civil de Piracicaba, Graziela Steagall, destacou que, embora a chuva tenha melhorado a qualidade do ar afetada por incêndios, ainda é necessário um volume maior de precipitações. “Precisamos de mais chuva em maior volume”, afirmou.
Com a estiagem persistente, o nível do rio estava a apenas 1,07 metro de profundidade, enquanto a média esperada para setembro é de 1,40 metro. A situação crítica é refletida em toda a região, com o Rio Corumbataí, que abastece mais de 80% da cidade, apresentando uma vazão 54% abaixo do esperado.
Os centros meteorológicos alertam que o fenômeno La Niña pode prolongar o clima seco, tornando setembro um mês de atenção redobrada. Graziela Steagall ressaltou que a precipitação de chuva foi drasticamente menor em 2024 em comparação com o ano anterior, aumentando o risco de incêndios devido ao estresse hídrico da vegetação.
A Defesa Civil, em colaboração com outros órgãos como o Corpo de Bombeiros, está monitorando a situação e emitindo alertas para evitar incêndios em áreas verdes. Além disso, a Fundação Florestal fechou todas as unidades de conservação no estado, incluindo o Horto de Tupi, para proteger essas áreas durante a estiagem.
A população é orientada a fazer uso consciente da água e a evitar queimadas, em um esforço conjunto para mitigar os impactos dessa crise hídrica.