Os idosos estão entre as principais vítimas de golpes bancários, especialmente por meio de falsas centrais telefônicas. Um caso recente envolveu um idoso de 71 anos que perdeu mais de R$1,4 milhão em contas de dois bancos diferentes após atender uma ligação. O golpista se passou por um representante da Central de Risco, induzindo o idoso a revelar informações pessoais e alegando que sua conta havia sido comprometida.
Na mesma ligação, a golpista afirmou que o outro banco do idoso também havia sido hackeado. A família está em contato com as instituições financeiras, que reforçaram que nunca solicitam dados ou senhas por telefone.
A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) destacou que investe cerca de R$4 bilhões por ano em segurança e campanhas de conscientização. Este ano, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania registrou mais de 36 mil denúncias de violência patrimonial contra idosos, uma média de um caso a cada dez minutos, com São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais liderando os registros.
O secretário Nacional dos Direitos Humanos, Alexandre da Silva, enfatizou a importância de os idosos terem cuidado ao compartilhar dados pessoais. O promotor Mauro Ellovitch alertou que esses golpes geralmente exploram a fragilidade das vítimas e recomendou que nunca se forneçam informações por telefone. “Desligue e procure o canal oficial do banco”, aconselhou.