A compulsão alimentar é um dos transtornos alimentares mais prevalentes, caracterizada pela ingestão excessiva e descontrolada de alimentos em curtos períodos, mesmo sem fome. Esse comportamento recorrente é frequentemente seguido por sentimentos de culpa e perda de controle, afetando a qualidade de vida do indivíduo.
Especialistas afirmam que esse transtorno resulta de uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. A psicóloga Eduarda Alves destaca que “o desequilíbrio emocional pode gerar compulsão alimentar, pois a relação com o alimento está diretamente ligada às nossas emoções”. Comorbidades, como depressão e ansiedade, são comuns em pessoas afetadas pela compulsão.
Entre as principais causas estão:
- Desequilíbrios emocionais: Estresse, ansiedade e depressão muitas vezes levam a busca de conforto na comida, criando um ciclo vicioso.
- Dietas restritivas: Restrições alimentares severas podem provocar episódios de descontrole.
- Pressão social: Cobranças relacionadas à imagem e padrões de beleza elevam o risco de comportamentos alimentares desordenados.
Os sintomas da compulsão alimentar incluem comer grandes quantidades até o desconforto, preferir comer sozinho e sentir-se mal após episódios de compulsão. Identificar a compulsão precocemente é crucial para prevenir complicações como obesidade e doenças cardiovasculares, além de impactos na saúde mental.
O tratamento é multidisciplinar e envolve a ajuda de profissionais da saúde mental e nutrição. A psicóloga Eduarda Alves ressalta a importância da psicoterapia, que ajuda o paciente a desenvolver habilidades de regulação emocional e a distinguir entre fome física e emocional.
Algumas abordagens recomendadas incluem:
- Educação nutricional: Orientação sobre escolhas alimentares equilibradas.
- Estruturação das refeições: Criar uma rotina alimentar para evitar longos períodos de jejum.
- Alimentação consciente: Foco em comer atentamente, percebendo sinais de fome e saciedade.
- Terapia comportamental: Identificação de gatilhos emocionais associados à alimentação.
- Suplementação: Avaliação de nutrientes como triptofano, ômega-3 ou probióticos em estratégias integrativas.
Buscar ajuda profissional é o primeiro passo para recuperar o controle sobre a alimentação e melhorar a qualidade de vida.