Campinas (SP) enfrenta uma alta nos casos de coqueluche em 2024, com 64 ocorrências confirmadas até novembro, o pior número desde 2014, quando foram registrados 129 casos e uma morte. O aumento nos registros da doença, conhecida como “tosse comprida”, é significativo, já que, desde 2020, os casos eram baixos, com menos de dois anuais. Até outubro, o estado de São Paulo também apresentou um aumento, com 858 casos, ficando atrás apenas de 2014.
A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca e falta de ar. A doença é altamente transmissível, sendo disseminada por tosse, espirros ou até mesmo ao falar. Em Campinas, os bebês são a maior parcela dos infectados, representando 28,1% dos casos, seguidos por pessoas com 30 anos ou mais (23,4%). Mulheres são a maioria entre os pacientes (56%) e a grande maioria dos casos ocorre em áreas urbanas (94%).
Apesar de não haver óbitos registrados na cidade, o cenário alerta para o crescimento da doença, que também é notável em diversos países ao redor do mundo, como a China, Estados Unidos e países da União Europeia. Em resposta ao aumento dos casos, o Ministério da Saúde emitiu alertas sobre a importância da vacinação, que segue disponível nos postos de saúde municipais de Campinas, com doses gratuitas para crianças, gestantes, puérperas e profissionais da saúde.
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, e seus sintomas variam de leves a graves. Nos estágios iniciais, os sinais podem ser confundidos com um resfriado, como mal-estar, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Com o tempo, a tosse evolui para crises intensas que podem prejudicar a respiração e até provocar vômitos. O tratamento é feito com antibióticos e, dependendo da gravidade, os sintomas podem durar semanas.
O alerta da vacinação é fundamental para conter o avanço da doença, protegendo especialmente os bebês e pessoas em situação de risco.