A Raízen anunciou, nesta sexta-feira (17), que a produção de etanol de segunda geração (E2G) será interrompida no Parque de Bioenergia da Usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP), a partir da próxima safra, com início em 1º de abril de 2025. A planta, que foi a primeira do grupo a produzir etanol celulósico, passará a ser dedicada a testes e futuros desenvolvimentos do biocombustível, segundo comunicado enviado a acionistas e ao mercado.
Inaugurada em 2015, a unidade de Piracicaba foi pioneira no Brasil na produção de etanol a partir do bagaço de cana-de-açúcar. Ao longo de quase uma década de operação, a planta passou por diversas transformações e aprimoramentos, visando otimizar a tecnologia de produção do etanol de segunda geração. “A Copi, inaugurada em 2015, passou por diversas transformações para aprimoramento e desenvolvimento da tecnologia, que foi replicada em escala comercial na Planta de Bonfim, já em operação, e nas plantas Univalem e Barra, em fase de comissionamento”, destacou a Raízen.
Com capacidade para produzir até 42 milhões de litros de etanol de segunda geração por ano, a planta de Piracicaba foi construída em uma área de 30 mil metros quadrados, com um investimento de R$ 237 milhões, sendo parte financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A unidade foi a primeira no país dedicada exclusivamente à produção deste tipo de combustível.
O etanol celulósico começou a ser comercializado no Brasil em 2014, quando a Raízen forneceu 200 mil litros do produto a um posto de combustíveis em Piracicaba. A produção de etanol de segunda geração foi inicialmente prometida para impulsionar a produtividade do setor, com a previsão de que as oito fábricas da Raízen chegariam a produzir 1 bilhão de litros por ano.
Embora a planta de Piracicaba deixe de produzir etanol E2G em grande escala, a empresa segue investindo em testes e na evolução da tecnologia, com planos de expandir a produção em outras unidades, como a Planta 2, já em operação, e as plantas Univalem e Barra, que estão prestes a iniciar suas operações.
A interrupção da produção de etanol celulósico em Piracicaba marca um novo capítulo na jornada do biocombustível no Brasil, que segue evoluindo, com novas plantas sendo desenvolvidas para atender à demanda crescente por soluções sustentáveis no setor energético.