A Copa do Mundo no Catar tem sido alvo de críticas pelo país sede ser homofóbico machista e ferir os direitos humanos. Os cataris vêm pedindo respeito aos estrangeiros sobre seus costumes, mas nem os próprios anfitriões do maior evento esportivo mundial respeitam seus visitantes. Não só o público que está indo para se divertir vem sofrendo censuras, como também a imprensa tem sido impedida de fazer seu trabalho. Veja algumas situações inconvenientes enfrentadas por jornalistas no Catar.
Ameaça ao vivo
O repórter dinamarquês Rasmus Tantholdt, da TV2, foi impedido de fazer uma transmissão ao vivo por agentes de segurança do Catar. Os homens chegaram de forma agressiva interrompendo a filmagem e ameaçaram quebrar a câmera caso Rasmus não parasse de fazer seu trabalho. Apesar do jornalista mostrar a credencial de imprensa, os oficiais obrigaram Tantholdt a cortar o sinal. Depois da repercussão, o Comitê Supremo do Catar pediu desculpas ao dinamarquês.
Censura
Mais uma equipe de imprensa foi censurada no país sede da Copa do Mundo 2022. Jornalistas uruguaios que estão cobrindo o evento foram proibidos de filmar os prédios públicos. Segundo os profissionais, a abordagem foi pacífica e a proibição foi feita com educação.
Pernambuco
O jornalista Victor Pereira, da TV Nova, denunciou nas redes sociais o constrangimento que uma equipe de jornalistas – da qual ele fazia parte – sofreu ao serem impedidos de usar a bandeira de Pernambuco, que contém um arco-íris. A organização da Copa do Mundo barrou a entrada do estandarte porque acreditavam que era um símbolo LGBTQIA+. Victor tentou filmar o momento da intimidação mas teve seu celular confiscado e só o teve de volta depois de apagar o vídeo.
Al Bayt
Um ônibus da Fifa, responsável por levar a imprensa até o estádio Al Bavt, se perdeu pelo caminho que em média levaria 40 minutos. Jomalistas relataram chegar três horas antes do previsto, mas o motorista errou o trajeto e quando se encontrou, optou pela rota que estava congestionada, o que piorou ainda mais a situação. O veículo tinha mais de 30 pessoas da imprensa que ficaram aflitas em perder a cobertura do pontapé inicial entre Catar e Equador no último domingo (20).
Assalto
Dominique Metzger, uma repórter argentina, teve seus documentos, dinheiros e cartões roubados durante uma entrada ao vivo. Após a jornalista prestar depoimento em uma delegacia na capital do Catar, Metzger se surpreendeu com um policial perguntando qual tipo de pena ela gostaria que o ladrão sofresse:
“Se eu queria que ele fosse condenado a cinco anos de prisão, se eu queria que ele fosse deportado” revelou.
Empurrão
Eric Faria estava ao vivo para o Bom dia Brasil quando um torcedor esbarrou nele. Irritado, ele empurrou o homem e voltou para a câmera como se nada tivesse acontecido. Um climão se formou quando o repórter percebeu que estava ao vivo, a apresentadora Ana Luiza Guimarães, constrangida, chegou a perguntar se estava tudo bem. Depois da repercussão, no mesmo dia, o jornalista entrou ao vivo pelo Sport e se desculpou pela atitude inesperada.
Arco-íris
Grant Wahl, jomalista norte-americano, foi barrado ao tentar entrar no estádio Ahmed bin, no Catar, por vestir uma blusa com estampa de arco-iris. Os seguranças do local sugeriram que Wahl trocasse a blusa caso quisesse assistir o jogo entre Estados Unidos e País de Gales.