Campinas (SP) divulgou um comunicado na tarde desta terça-feira (31) onde alerta para o risco de “explosão da dengue” após a prefeitura verificar que o percentual de amostras coletadas na cidade com larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus, subiu de 39% para 90% entre outubro de 2022 e janeiro deste ano. No primeiro mês do ano passado, o índice era de 61%, diz a administração.
Além deste indicador, o governo municipal destaca que a previsão de continuidade das chuvas em fevereiro também é preocupante, uma vez que as condições climáticas neste mês já resultaram em aumento de criadouros. A cidade totaliza 36 casos positivos da doença desde 1º de janeiro.
Em fevereiro de 2019, por exemplo, a metrópole teve 26,3 mil infectados na série histórica iniciada em 1998. Naquele mês, diz a prefeitura, 58% das amostras avaliadas indicavam presença do Aedes.
No ano passado, Campinas registrou o quinto ano com maior número de casos confirmados da doença – veja gráfico. Além disso, foram quatro mortes.
“A cidade está em situação de alerta [laranja], segundo o InfoDengue da Fiocruz, que monitora dados e as condições climáticas para transmissão de arboviroses. A previsão de continuidade das chuvas agrava o prognóstico da situação”, diz nota da administração.
O que será feito?
O governo Dário Saadi (Republicanos) discutiu na manhã desta terça a apresentação de um plano de contingência para enfrentamento de arboviroses – incluindo chikungunya e zika. O documento com todos os detalhes foi publicado no Diário Oficial em 10 de janeiro e estabelece diretrizes para atuação de cada pasta e como deve ser realizado atendimento aos pacientes, além de medidas preventivas.
Em nota, a administração diz que houve uma determinação para que todas as secretarias façam buscas ativas pelos espaços públicos e trabalhem, cada uma com seus públicos, na conscientização.
Além disso, o governo também frisou que irá investir em comunicação para solicitar à população que tome medidas para evitar e combater criadouros do mosquito transmissor.
Sintomas e orientações
A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, que resultam em desidratação. Ao apresentar estes sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.
Para acabar com a proliferação do mosquito é preciso evitar acúmulo de água, latas, pneus e outros objetos. Os vasos de plantas devem ter a água trocada a cada dois dias. É importante, também, vedar a caixa d’água. Os vasos sanitários que não estão sendo usados devem ficar fechados.