Milhares de mulheres do país aguardam na fila por uma cirurgia de reconstrução de mama.
São mais de 20 mil mulheres esperando pelo procedimento cirúrgico que tem como objetivo restaurar a forma e o tamanho da mama após uma mastectomia, que é uma cirurgia para remoção total ou parcial da mama em razão, geralmente, de um tumor maligno.
Reconstruir a mama de uma mulher vai muito além de um simples gesto de vaidade, é, comprovadamente, um resgate da autoestima importante e que tem, inclusive, papel muitas vezes fundamental no sucesso do tratamento contra o câncer.
Apesar disso, o número de cirurgias do tipo realizada pelo SUS caiu nos últimos anos. Em 2019, de acordo com dados do Ministério da Saúde, foram feitas 1,2 mil cirurgias na rede pública; no ano seguinte, em 2020 o número caiu pela metade, para 632.
Em 2021, foram 575 procedimentos e, em 2022, considerando registros dos nove primeiros meses, foram 419 reconstruções mamárias pelo SUS. Com menos operações, a fila cresceu.
Para tentar solucionar o problema e diminuir a espera, o Ministério da Saúde publicou esta semana uma portaria no Diário Oficial da União destinando recursos aos 26 estados e ao Distrito Dederal para serem usados em procedimentos de reconstrução mamária.
Os repasses somam aproximadamente R$ 105 milhões.
Vale lembrar que cirurgias de reconstrução mamária também são feitas na rede particular, mas a um custo nada acessível.
Hoje, restaurar a forma, a simetria e tamanho da mama após uma mastectomia custa, em média, R$ 25 mil.