Subiu para nove o número de vítimas de um caso de golpe do PIX, identificado nesta quinta-feira (16), em Piracicaba. O prejuízo total é estimado em R$ 88,9 mil. Um suspeito de praticar o crime foi preso por estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção ativa, já que ele também ofereceu R$ 10 mil a policiais para não ser preso, segundo a Polícia Militar.
Conforme a PM, o homem foi abordado em um hotel. Ele teria emitido um comprovante falso de PIX e, como o valor não caiu na conta do hotel, os funcionários acionaram a corporação. Ao ver os policiais, ele tentou fugir, mas foi abordado.
De acordo com as equipes, ele ofereceu o dinheiro aos militares, foi preso e encaminhado para a Unidade de Polícia Judiciária (UPJ).
Segundo apuração da polícia, ele chegou a aplicar o mesmo golpe em outras empresas e pessoas da cidade, com o mesmo modus operandi. Os alvos eram hotéis, empresa de táxi aéreo, empresa de transporte terrestre, restaurante e concessionária de veículo de luxo.
Além disso, ele chegou a combinar um pacote de viagens com um motorista e também não efetuou o pagamento. Segundo o delegado Emerson Marinaldo Gardenal, responsável pelo caso, o homem dizia que tinha um problema no banco.
“Ele passou um PIX para ele [motorista] e não entrou na conta. Aí ele falou que estava com problema no banco e ia pegar outro PIX. E aí, o que ele fez? Ele passou um novo PIX, dizendo que tinha que aguardar. Mas como aguardar? PIX você passou, acabou, né. Então, ele estava falsificando o documento do PIX e mandando como se tivesse passado”, detalhou o chefe de polícia.
Segundo Gardenal, agora, serão ouvidas vítimas, realizados reconhecimentos do indiciado e serão reunidos documentos que ele enviou para estabelecimentos para, então, solicitar a prisão preventiva, que vai significar a extensão do tempo na prisão enquanto as investigações prosseguem.
“O que a gente vai fazer? Vai pegar agora o celular da vítima, desse motorista, o comprovante do PIX, e vai mandar fazer uma perícia para ver se realmente esse PIX foi encaminhado através do banco ou se ele fajutou e encaminhou para mostrar que tinha pago”, revelou, sobre uma das etapas das apuração.
A suspeita da polícia é que o homem agia sozinho. Ele é de Joinville (SC). Foram apreendidos com ele um iPhone, 12 cartões de crédito, dois cartões de hotéis, documentos pessoais e outros pertences.
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