O rompimento do paredão na represa de Cosmópolis (SP), na madrugada desta quinta-feira (9), passou por uma vistoria técnica em 2018, segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (Crea-SP). Equipes foram até o local na manhã desta quinta para avaliar a situação após o rompimento.
Após a barragem cair, a represa perdeu mais da metade da água que seria para o abastecimento da cidade. O manancial estava com 4,5 metros de nível antes do rompimento e, no início da tarde desta quinta, o nível chegou a ficar em 1,4 metro.
O paredão se rompeu durante a madrugada e não houve feridos. No entanto, a preocupação maior dos órgãos públicos é com o abastecimento da cidade, já que boa parte da água está escoando e acabou em outros rios da região.
O Crea informou que vai apurar o que aconteceu nesse caso. “Já começamos o trabalho de apuração da responsabilidade, ver quem é o engenheiro responsável. E nós vamos conversar e ver se teve alguma influência, alguma coisa que foi feita que provocou isso. Ou se foi infelizmente da própria chuva”, afirmou o gerente regional do Crea, Valdir Zarpelon Jr.
A prefeitura decretou situação de emergência no município após o ocorrido e orienta os moradores a economizar água.
Outros rios
Além dos possíveis problemas no abastecimento, outra preocupação é que a água vá para o Rio Jaguari e depois para o Rio Piracicaba. A Defesa Civil foi avisada sobre os riscos para Americana (SP), Limeira (SP) e Piracicaba (SP).
Em nota, o coordenador da Defesa Civil de Americana disse que foram até os locais com possível risco de transbordamento para monitorar e não houveram inundações ou vítimas até agora. O órgão vai continuar monitorando a situação.
Já a Defesa Civil de Piracicaba disse que por enquanto o incidente não teve reflexos na cidade. Às 7h o nível do rio era 2,61 metros, que indica situação normal. O transbordamento ocorre quando atinge os 4,7 metros.
Em nota, a Prefeitura de Limeira diz que a cidade não corre risco de desabastecimento ou inundações e que a BRK, concessionária responsável pela água e esgoto na cidade, monitora a situação dos rios.
“A Defesa Civil está com agentes na região da represa, onde presta apoio a técnicos daquele município, além de monitorar a situação de Limeira.”
A Defesa Civil do Estado de São Paulo está informando os municípios que podem ser afetados por esse rompimento. Por enquanto, nenhum outro sofreu impactos.