Um levantamento recente realizado pela Folha de S.Paulo mostrou que a realização de exames de mamografia pelo SUS varia significativamente em diferentes regiões do país. Enquanto algumas cidades apresentam alta realização de exames, outras possuem baixa procura pelo rastreamento do câncer de mama.
No Rio de Janeiro, por exemplo, nos últimos seis anos, foram realizados menos de 540 mil exames, mesmo que a cidade tenha mais de 700 mil mulheres na faixa etária de rastreamento (50 a 69 anos), que deveriam fazer a mamografia a cada dois anos. A Secretaria Municipal de Saúde aponta que muitas pacientes agendam o exame, mas acabam não comparecendo. Por isso, o órgão tem investido em campanhas de conscientização sobre a importância do rastreamento do câncer de mama.
Em Macapá, onde cerca de 18 mil mulheres estão na faixa etária do rastreamento, o SUS realizou 16.962 exames nos últimos seis anos. Apesar de oferecido gratuitamente no Centro de Especialidades do município, a procura ainda é baixa.
Por outro lado, na cidade de Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre, onde menos de 12 mil mulheres têm entre 50 e 69 anos, foram realizadas cerca de 92.870 mamografias nos últimos seis anos. Nesse caso, as moradoras são convidadas a fazer o rastreamento quando comparecem ao posto de saúde para realizar o exame de papanicolau.
A mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de mama, pois permite identificar a doença antes mesmo dos sintomas aparecerem, aumentando em 90% as chances de cura. É essencial que as mulheres na faixa etária de rastreamento realizem o exame regularmente, a cada dois anos, para garantir a detecção precoce da doença.