A Fiat Strada foi o veículo novo mais vendido do Brasil no primeiro semestre de 2023, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram comercializadas 50.546 unidades da picape no país. (veja lista abaixo)
A Strada encabeça a lista desde 2021, quando foi o veículo mais vendido do ano pela primeira vez e derrubou do topo da lista o Chevrolet Onix, que havia sido o líder por seis anos seguidos. Em 2022, a picape também fechou o ano na liderança, com 112.456 unidades emplacadas.
A vice-liderança neste ano voltou a ser do Onix, que recuperou parte do vigor em 2023. Ano passado, ele foi desbancado pelo Hyundai HB20. O hatch coreano é apenas o 5º colocado, atrás também de Volkswagen Polo e Onix Plus.
Os dados foram publicados nesta terça-feira (4) pela Fenabrave. As vendas de veículos novos no Brasil tiveram alta de 8,76% no primeiro semestre de 2023. (veja mais abaixo)
10 veículos mais vendidos do semestre
- Fiat Strada: 50.546 unidades;
- Chevrolet Onix: 44.110 unidades;
- Volkswagen Polo: 37.722 unidades;
- Chevrolet Onix Plus: 35.726 unidades;
- Hyundai HB 20: 34.002 unidades;
- Volkswagen T-Cross: 32.035 unidades;
- Fiat Argo: 31.920 unidades;
- Fiat Mobi: 30.442 unidades;
- Jeep Compass: 30.350 unidades;
- Hyundai Creta: 29.948 unidades;
Carro zero com desconto
As vendas de veículos novos no Brasil tiveram alta de 7,39% em junho, mostram os resultados divulgados pela Fenabrave.
Em números absolutos, foram emplacadas 189.528 novas unidades no país, entre carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. Não contabilizando motos e implementos rodoviários.
No primeiro semestre, foram 998.270 emplacamentos e alta de quase 9%. Em comparação a junho de 2022, a alta foi de 6,33%.
Esse é o primeiro resultado oficial do setor depois do programa de barateamento de carros zero, um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à sua equipe econômica. Foram liberados incentivos de R$ 1,8 bilhão para que montadoras dessem descontos em veículos novos.
De acordo com Andreta Jr, presidente da Fenabrave, o número de junho poderia ser maior não fosse por um represamento do mercado. Houve problemas de logística, como atrasos de refaturamento e emissão de notas de carros novos, além de atrasos de liberação dos Detrans com o alto volume de procura nas concessionárias.
O levantamento da Fenabrave não diz quantos veículos foram emplacados com desconto, mas mostra que o emplacamento diário subiu de uma média de 3 mil a 4 mil para um pico de 22,4 mil no último dia útil de junho. Parte das vendas, portanto, será despejada em julho.
“No nosso entender, o programa foi um sucesso para fazer ‘bater o coração’ [reviver o setor], mas precisa haver uma continuidade nesse trabalho”, diz Andreta Jr.
A Fenabrave estuda alternativas do que seria essa continuidade e enviará sugestões ao governo. O foco será, segundo Andreta Jr., atenuar a perda do poder de compra da população sem onerar a política fiscal.
Por fim, com a perspectiva de aumento de vendas, a Fenabrave revisou as projeções de crescimento para o setor para um cenário de estabilidade, com alta de 0,1% no ano para automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.