A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas (SP) confirmou nesta quarta (2), duas novas mortes por febre maculosa. Com os novos óbitos, a cidade chega a cinco óbitos pela doença em 2023. Outra pessoa também foi infectada recentemente, porém, se recuperou da doença.
Os dois óbitos mais recentes foram de dois homens, a primeira vítima morreu no dia 9 de julho. Enquanto isso, a segunda vítima foi faleceu em 28 do mesmo mês. No caso da primeira vítima, suspeita-se que a infecção ocorreu na Fazenda do Exército, 28º Batalhão de Infantaria Mecanizada (Bimec). O local de infecção do segundo homem, entretanto, ainda está sob investigação.
Além disso, houve um terceiro caso recente de infecção, com uma mulher de 49 anos, que alcançou a cura. A infecção, de acordo com a secretaria de Campinas, deve ter ocorrido em outro município. Sendo assim, foram sete casos no município em 2023, com cinco desses evoluindo a óbito.
A febre maculosa é causada pela bactéria Rickettsia, que conta com diferentes espécies ao redor do mundo. No Brasil, existem duas que provocam a doença: a Rickettsia rickettsii, associada a quadros mais graves, e a Rickettsia parkeri, que normalmente não causa complicações muito sérias. Os casos no interior de São Paulo foram do primeiro tipo. A bactéria tem transmissão principalmente por carrapatos que se encontram nas áreas rurais ou em beiras de rios. Em São Paulo, o mais comum é o carrapato-estrela.
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Nos casos mais graves da febre maculosa, a bactéria destrói células dos vasos sanguíneos, podendo causar quadros de insuficiência renal, convulsões, coma e falência múltipla de órgãos. A recomendação é de um tratamento com antibiótico, mediante receita médica. Caso haja identificação no início do processo, as chances de cura são altas.