O número geral de assassinatos continua em queda no Brasil em 2023, de acordo com os dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. Foram 19,7 mil assassinatos no primeiro semestre deste ano, o que representa uma queda de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O estado que registrou a maior baixa foi Roraima, com 22,5%. Por outro lado, dez estados tiveram altas nas mortes violentas: AC, AL, AP, ES, MA, MG, RJ, RS, SC e TO. Dentre esses, o Amapá é o que apresenta o maior aumento, 65,1%. Neste levantamento são contabilizadas no levantamento as vítimas dos seguintes crimes: homicídios dolosos (incluindo os feminicídios); latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte. Contudo, mortes decorrentes de violência policial não estão na contagem.
Em 2022, o Brasil teve uma queda de 1% no número de assassinatos. Foram 40,8 mil mortes violentas intencionais no país no ano passado. Sendo assim, o menor número de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública pelo segundo ano seguido.
De acordo com os especialistas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV-USP), embora a redução destes indicadores seja notícia que merece ser comemorada, seguimos como um país extremamente violento. Já que, em média, foram quase 110 assassinatos por dia no último semestre. Em resumo, todas as regiões do Brasil tiveram queda de assassinatos, com exceção do Sudeste. O estado do Rio de Janeiro teve a maior alta na região: 17,3%.
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“As taxas continuam elevadas, mas caso a redução se mantenha e a letalidade policial não cresça, o país pode fechar o ano com a menor quantidade de mortes intencionais violentas desde 2011”, afirma Bruno Paes Manso, jornalista e pesquisador do NEV-USP. A queda gradual dos números pode ter relação com um conjunto de fatores. Como os casos das mudanças na dinâmica do mercado de drogas brasileiro e o apaziguamento de conflitos entre facções. Além disso, alterações em políticas públicas de segurança e sociais também colaboraram.