Uma pesquisa internacional recente realizada por site de tecnologia trouxe à luz um dado surpreendente: os brasileiros estão no topo quando se trata de tempo dedicado à interação com telas de dispositivos eletrônicos, como celulares e outros aparelhos similares.
De acordo com os resultados, a população do Brasil passa, em média, incríveis nove horas e meia diárias mergulhados nesses dispositivos, revelando uma forte conexão com o mundo digital.
Essa estatística impressionante, que levanta reflexões acerca dos hábitos modernos e a relação com a tecnologia. O que coloca o Brasil em uma posição próxima ao recorde mundial, com a África do Sul liderando a lista. No cenário de 2022, assim o Brasil já ocupava essa mesma posição, demonstrando uma consistência notável nesse comportamento.
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Curiosamente, um contraste marcante surge quando comparamos essa estatística brasileira com a do Japão, um país frequentemente considerado um dos líderes mundiais em termos de avanço tecnológico. Entretanto os japoneses utilizam seus celulares por apenas um terço do tempo gasto pelos brasileiros, apresentando uma relação menos intensa com esses dispositivos.
À medida que examinamos os motivos subjacentes a essa tendência, identificamos uma diversidade de fatores em jogo. Entre os jovens, o uso inicial muitas vezes está associado a atividades educacionais. Assim ao longo do tempo, o foco migra gradualmente para as redes sociais e entretenimento digital. Já entre os adultos, a dinâmica muda, com o trabalho emergindo como a principal justificativa para o uso constante de dispositivos eletrônicos.
Para compreender melhor o impacto desse hábito crescente, procuramos a neuropsicóloga Joana Heim, que explicou a possível transição do uso saudável para o uso problemático. Segundo ela, o uso problemático se manifesta quando uma dependência das telas começa a afetar negativamente a coordenação das atividades diárias e comprometer diferentes aspectos da vida cotidiana.
Diante desses resultados, fica claro que a relação entre os brasileiros e a tecnologia é complexa e multifacetada. Enquanto a conectividade oferece inúmeras vantagens, é imperativo abordar a possibilidade de uso excessivo e as implicações para a saúde mental e bem-estar. Assim essa pesquisa serve como um lembrete essencial sobre a importância de encontrar equilíbrio na era digital em constante evolução.