Fausto Silva, apresentador, agradeceu em vídeo pelo apoio em sua recuperação pós-transplante cardíaco, destacando a generosidade da família do doador. A cirurgia ocorreu no Hospital Albert Einstein, São Paulo, no domingo (27), com o apresentador ainda na UTI.
Ele expressou gratidão à família do doador, principalmente a José Pereira da Silva, que possibilitou sua segunda chance de vida. Também mencionou Edison, irmão do doador, e a viúva Jaqueline. O gesto comovedor ocorreu em um post no Instagram.
O doador, Fábio Cordeiro da Silva, jogador de futebol amador, faleceu no sábado (26) após um AVC. Seu coração foi doado, contribuindo para um total de 13 transplantes cardíacos realizados no Brasil entre 19 e 26 de agosto, incluindo sete em São Paulo. O governo não divulgou o doador de Fausto Silva.
Além dos agradecimentos aos fãs, Faustão compartilhou sua recuperação otimista. Mesmo com a voz debilitada pela intubação, ele já estava caminhando três dias após a cirurgia, elogiando o processo de transplante. Ele enfatizou que, de duzentos transplantes, cerca de 60 indivíduos esperaram menos de um mês, incluindo ele próprio.
Fausto encerrou assegurando sua recuperação progressiva, destacando que já estava andando há três dias, apesar das dificuldades na garganta. Expressou votos de que Deus retribuísse a todos o apoio recebido.
Transplante
Após 72 horas do transplante cardíaco de Fausto Silva, o boletim médico emitido pelo Hospital Albert Einstein, na quarta-feira (30), declara que sua função cardíaca está normalizada e estável. Ele está se comunicando bem, apresentando disposição. O paciente passou pelo procedimento no domingo (27) e permaneceu na UTI.
No comunicado, é mencionado que na terça-feira (29), Fausto Silva foi extubado e conseguiu respirar sem ajuda de aparelhos. O apresentador continua na Unidade de Terapia Intensiva e demonstra boa função cardíaca.
Conforme informações do Ministério da Saúde e da Central de Transplantes do Estado de São Paulo, Fausto Silva estava na segunda posição da fila de espera por um coração. A equipe médica dele recebeu a oferta do órgão na madrugada de domingo (27). Ele foi priorizado devido à gravidade de seu estado de saúde. O paciente que estava em primeiro lugar na fila recusou o órgão, o que levou à oferta para Faustão, que ocupa a segunda posição na lista.
O comunicado também destaca que Faustão possui o tipo sanguíneo B, com um tempo estimado de espera de 1 a 3 meses para um transplante de coração compatível. As informações sobre sua recuperação continuam a ser positivas, com sua função cardíaca normalizada e sua prontidão para a fisioterapia.
Prioridades na fila de espera
No transplante cardíaco, a determinação da ordem de prioridade na fila leva em consideração a gravidade do estado do paciente.
Pacientes que requerem internação constante, incluindo o uso de medicamentos intravenosos e suporte circulatório, recebem prioridade sobre aqueles que aguardam em casa. A classificação não é influenciada pelo local da futura cirurgia, seja em hospital público ou privado.
O processo inicia com o registro do paciente na lista unificada de transplantes, administrada pela Secretaria Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.
Critérios para ordem na fila
Abaixo, um resumo do funcionamento do processo de transplante de órgãos, com informações da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e do Ministério da Saúde:
- A ordem na lista é determinada pela sequência de cadastro dos pacientes;
- A gravidade do estado de saúde também é considerada, com prioridade para aqueles que necessitam de internação constante, utilizando medicamentos intravenosos e suporte circulatório;
- O tipo sanguíneo é um fator crítico, uma vez que o receptor deve ter compatibilidade com o doador;
- As características físicas são avaliadas, evitando doações em que o tamanho do órgão não seja adequado para o receptor;
- A distância geográfica entre doador e receptor é relevante, uma vez que o órgão deve ser transplantado em até 4 horas, impactando o tempo de isquemia, período que o órgão pode ficar fora do corpo;
- Os custos de transporte, incluindo uso de carros ou aviões, são assumidos pelo SUS, dependendo do tempo de isquemia necessário.