Mandar produtos eletrônicos, pilhas e eletroeletrônicos para a reciclagem é uma tarefa mais simples que se possa imaginar. Não importa o tamanho: pode ser celular, chapinha de cabelo, notebook ou até mesmo geladeira e lavadora de roupas.
Em todo o Brasil, mais de 4.000 pontos de recebimento estão preparados para iniciar o processo chamado de logística reversa, que envolve coletar resíduos para reaproveitamento ou descarte de forma correta, sem poluir o meio ambiente.
Isso tudo sem custos para o consumidor que vai se livrar de um produto que não usa mais ou está quebrado.
Os pontos de coleta são gerenciados pelas prefeituras – conhecidos como ecopontos – e por entidades ligadas à indústria e aos fabricantes de eletrônicos, que recolhem o material e enviam para o destino certo.
Como enviar um eletrônico para reciclagem?
Encontrar um ponto de coleta é o primeiro passo – eles podem estar localizados em lojas, supermercados, farmácias e nos ecopontos das prefeituras.
Os sites das entidades fornecem listas com todos os locais de entrega de eletrônicos e eletroeletrônicos, com busca por cidade ou CEP.
- Para eletrônicos e eletrodomésticos em geral, visite o site da Abree.
- Para pilhas e eletrônicos portáteis, como celulares, visite o site da Green Eletron.
- Para lâmpadas, visite o site da Reciclus.
Depois disso, é só selecionar um endereço e levar o produto para a logística reversa.
Os principais fabricantes de eletrônicos também conta com serviços de coleta de produtos usados para envio para reciclagem.
“O lixo eletrônico não deve ser encaminhado para a coleta seletiva ou acabar no lixo comum, para não gerar problemas para o meio ambiente”, afirma Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron.
Posso mandar para reciclagem itens grandes, como TVs, geladeiras e máquinas de lavar?
A recomendação da Abree é que o consumidor leve esse tipo produto até o ecoponto mais próximo.
Se isso não for possível, por conta do tamanho, as entidades ou até mesmo os fabricantes podem fazer essa coleta de forma agendada e gratuita.
Os sites das entidades fornecem essas informações para a retirada, assim como as páginas dos principais fabricantes de eletrônicos.
“Muitas marcas também oferecem recursos associados de entrega de um produto novo com a coleta do antigo”, explica Nilson Maestro, presidente da Abree.
Também vale checar com a prefeitura local sobre as operações de “cata-bagulho” que recolhem esses eletroeletrônicos maiores.
Também posso reciclar as pilhas?
As pilhas comuns ou recarregáveis não devem ser descartadas junto com o lixo comum nem com a coleta seletiva tradicional. “Quando isso acontece, é um risco para a natureza e para a saúde humana, já que seus componentes podem contaminar o meio ambiente”, comenta Brescansin, da Green Eletron.
Segundo a entidade, estão disponíveis mais de 1.250 pontos para coleta de pilhas e eletrônicos em todo o Brasil – chamados de “pontos de entrega voluntária”.
O que ocorre depois que envio o produto para reciclagem?
Segundo Maestro, da Abree, os equipamentos são levados para uma central de consolidação e triagem, que vai separar os produtos por tipo.
“Depois disso, eles seguem para a indústria de manufatura reversa, que vai separar as peças por tipo de material”, diz o executivo. Essa parte do processo envolve mais de 50 parceiros especializados.
Após a separação, os materiais são enviados para reciclagem ou descartados da maneira ambientalmente correta. “Plástico e metais voltam para a indústria, retornando para o processo produtivo”, conclui Maestro.
Baterias e pilhas também passam pelo processo de desmonte e reciclagem, sem ir para o lixão ou aterros das grandes cidades.
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