Em mais um dia de nervosismo no mercado global, o dólar aproximou-se de R$ 5,17 e fechou no maior valor desde março. A bolsa de valores, que apresentou alta na quarta-feira (4), caiu 0,28% e atingiu o nível mais baixo em quatro meses.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (5), vendido a R$ 5,169, com alta de R$ 0,016. A cotação chegou a operar próximo da estabilidade na primeira hora de negociação, no entanto, disparou após a abertura do mercado norte-americano. Na máxima do dia, por volta das 13h, a moeda chegou a R$ 5,19.
Sendo assim, nesta quinta, a moeda norte-americana esteve no maior valor desde 27 de março. A divisa acumula alta de 2,82% nos primeiros dias úteis de outubro, mas registra queda de 2,1% em 2023. Além disso, o dia também foi tenso no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 113.285 pontos, registrando o menor patamar desde 5 de junho. Apesar de ações de petroleiras, mineradoras e bancos terem alta, a queda de ações de varejistas puxou o índice para baixo.
O dólar teve a maior sequência de altas no mundo em nove anos em meio à espera para a divulgação do relatório de emprego nos Estados Unidos, com previsão para esta sexta-feira (6). Caso a economia norte-americana gere mais empregos que o esperado, aumentam as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros mais uma vez antes do fim do ano.
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Nesta quinta-feira, as taxas dos títulos de longo prazo do Tesouro norte-americano voltaram a atingir o maior nível desde 2007. Em resumo, taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capital de países emergentes, como o Brasil.
No mercado interno, a valorização de algumas commodities, como o petróleo, e a recente alta do dólar dificultam a tarefa do Banco Central (BC) brasileiro de continuar a reduzir a taxa Selic em 1 ponto percentual até o fim do ano. Esta, era a previsão de acordo com a previsão nos comunicados do Comitê de Política Monetária (Copom). Isso ocorre porque o repique do dólar já está pressionando os preços no atacado, segundo o BC.