O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de janeiro de 2024 trará uma série de atualizações. Essas mudanças são resultado das alterações recentes na Lei de Cotas, sancionadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira, 13 de novembro. O Sisu é um sistema eletrônico que agrega vagas oferecidas por instituições públicas de ensino superior, principalmente universidades e institutos federais. A seleção dos estudantes é com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
De acordo com o Ministério da Educação, as mudanças na Lei de Cotas afetarão a classificação dos candidatos inscritos no Sisu. Inicialmente, todos os candidatos classificarão-se para as vagas na modalidade de ampla concorrência. Isso ocorrerá independentemente de cumprirem os critérios exigidos para os cotistas. Em seguida, entra em consideração as reservas de vagas para cotas.
No sistema de ingresso anterior, o cotista concorria apenas às vagas destinadas às cotas. Isso acontecia mesmo que ele tivesse pontuação suficiente na ampla concorrência. “Dessa forma, os esforços de todos aqueles que alcançam notas altas são valorizados, sem distinção”, afirma o MEC.
A Lei de Cotas também trouxe uma redução no valor definido para o teto da renda familiar dos estudantes que buscam cota para ingresso no ensino superior por meio do perfil socioeconômico. Anteriormente, o valor exigido era de um salário mínimo e meio, em média, por pessoa da família. Com a nova legislação, esse valor passa a ser de um salário mínimo, atualmente em R$ 1.320.
Outras alterações incluem a inclusão dos estudantes quilombolas como beneficiários das cotas, assim como já ocorre para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência (PcDs). Além disso, os cotistas terão prioridade no recebimento do auxílio estudantil. As políticas afirmativas também se estendem para a pós-graduação.