O consumidor não pagará taxa extra sobre a conta de luz em dezembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para o próximo mês para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. De acordo com a Aneel, na ocasião a bandeira verde foi a opção devido às condições favoráveis de geração de energia. Já que os reservatórios das usinas hidrelétricas em níveis satisfatórios. O nível de armazenamento dos reservatórios atingiu 87% em média no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento.
Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias. De acordo com a Aneel, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.
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Em agosto, a agência aprovou uma consulta pública para baratear as bandeiras tarifárias em até 36,9%. Em resumo, o órgão citou três fatores para justificar a redução, reservatórios cheios, expansão de energia eólica e solar e queda no preço internacional dos combustíveis fósseis.
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Elas indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Sendo assim, quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando se tem a aplicação das bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.