O clima quente e úmido típico do verão cria condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Em 2023, Santa Catarina enfrentou um dos piores cenários relacionados à dengue, com um recorde no número de casos.
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), até 18 de dezembro, o estado registrou 119.429 infecções e 98 óbitos, em comparação com os 83.276 casos e 90 mortes de todo o ano de 2022. Esses números destacam a urgência de eliminar locais que possam acumular água, já que o ciclo de vida do mosquito, do ovo à fase adulta, leva apenas uma semana.
Os ovos do Aedes aegypti são resistentes e podem sobreviver por mais de um ano em ambientes secos. Quando em contato com a água, iniciam o ciclo de vida do mosquito, que passa pelas fases de larva, pupa e adulto. Cada fêmea pode colocar até 1.500 ovos, aumentando rapidamente a população de mosquitos transmissores.
Balneário Camboriú liderou com 4.087 casos, seguida por Bombinhas, Navegantes, Balneário Piçarras, Itajaí, Penha e Itapema, que também estão entre as 25 cidades com maior incidência da doença no estado. Esses dados ressaltam a importância da vigilância e do combate ao mosquito para conter o avanço dessas doenças.
A população deve estar atenta e adotar medidas preventivas, como eliminar recipientes que possam acumular água, manter caixas d’água fechadas, limpar calhas e evitar o acúmulo de lixo em áreas externas. Essas ações são fundamentais para reduzir o risco de proliferação do Aedes aegypti e a transmissão dessas doenças.