O Ministério dos Transportes anunciou o início das obras para a construção da Ponte Internacional de Guajará-Mirim, conectando Rondônia à Bolívia. Este projeto, que remonta ao Tratado de Petrópolis de 1903, quando o Brasil adquiriu o Acre . E ele é fundamental para o plano de integração sul-americana do governo, proporcionando uma nova rota para o transporte de cargas e passageiros na região. O presidente Lula enfatizou o compromisso com o projeto, que está incluído no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A Ponte Binacional terá sua construção sobre o Rio Mamoré, conectando Guajará-Mirim (RO) a Guayaramerín, na Bolívia. Com extensão de 1,22 km e largura de 17,3 metros, assim o investimento estimado é de R$ 430 milhões, com prazo de execução de 36 meses.
No final do ano passado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) lançou o edital para a obra, que será licitada através do Regime Integrado Diferenciado de Contratação (RIDC). Sob esse regime, a mesma empresa que elaborar os projetos também será responsável pela execução das obras.
A construção da ponte tem potencial para gerar até 4,3 mil empregos diretos e indiretos na região. Além disso, o projeto inclui a construção de um complexo de fronteira com 9.282 m², e mais 3,7 quilômetros de pistas de acesso no lado brasileiro. Enquanto o acesso do lado boliviano tem aproximadamente seis quilômetros de extensão.
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A construção da ponte deve abrir novas rotas para o Brasil acessar o Oceano Pacífico. Portanto através do território boliviano até alcançar portos chilenos, proporcionando uma alternativa mais viável para exportação em relação aos portos brasileiros.
Para a Bolívia, a ponte representa não apenas a concretização dos compromissos assumidos no Tratado de Petrópolis, mas também o acesso ao Oceano Atlântico através do território brasileiro.
O Tratado de Petrópolis, celebrado há 120 anos, resultou na anexação do Acre ao Brasil, que antes pertencia aos bolivianos desde 1750. Em contrapartida, a Bolívia recebeu parte do estado do Mato Grosso. O acordo tinha sua composição por cinco artigos.
