Um novo estudo da Organização Mundial Meteorológica (OMM) revelou que o ano de 2023 foi caracterizado por uma série de recordes climáticos em escala global, resultando em impactos socioeconômicos massivos em todas as regiões do mundo, especialmente entre as populações mais vulneráveis. Publicado nesta terça-feira (19), o relatório “O estado do clima em 2023” aponta que o mundo nunca antes experimentou tantos extremos e recordes climáticos, abrangendo diversos aspectos:
Gases de Efeito Estufa: As concentrações dos principais gases de efeito estufa atingiram níveis recordes em 2022, e dados em tempo real de locais específicos continuaram a mostrar um aumento em 2023.
Temperaturas Superficiais: O ano de 2023 registrou temperaturas superficiais médias globais 1,45 °C acima da média pré-industrial, tornando-se o ano mais quente já registrado.
Oceanos: A temperatura média da superfície do oceano continuou a bater recordes, com uma cobertura média diária de ondas de calor marinho de 32%, muito acima do recorde anterior de 23% em 2016.
Nível do Mar: O nível médio global do mar atingiu seu pico histórico no registro por satélite em 2023, demonstrando um aumento contínuo devido ao aquecimento dos oceanos e ao degelo das geleiras e calotas de gelo.
Cobertura de Gelo: A extensão do gelo marinho na Antártida alcançou uma mínima histórica absoluta em fevereiro de 2023, enquanto a extensão do gelo marinho ártico permaneceu bem abaixo do normal, com os máximos e mínimos anuais sendo o quinto e sexto mais baixos registrados, respectivamente.
A Secretária-Geral da OMM, Celeste Saulo, destacou que o mundo está mais próximo do limite inferior de 1,5°C do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas do que nunca. O relatório ressalta a urgência de ações globais coordenadas para mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger as populações vulneráveis.