A cidade de Campinas (SP) enfrenta uma situação alarmante em relação à dengue, com o registro de 85.764 casos confirmados da doença somente neste ano, marcado também pelo trágico número de 23 mortes, o maior já registrado na história do município devido à dengue.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, os idosos foram os mais atingidos pela doença, representando a maioria das vítimas fatais, embora a epidemia tenha vitimado pessoas de outras faixas etárias.
Detalhes das Mortes
Dos 23 óbitos registrados:
- 16 vítimas (69%) eram idosos, com cinco entre 60 e 79 anos e onze entre 80 e 99 anos;
- Seis vítimas (26%) eram adultos, com três entre 50 e 59 anos e três entre 30 e 49 anos;
- Uma vítima (4,3%) era uma criança de 10 anos.
Sexo:
- Das 23 vítimas, 12 (52%) eram mulheres e 11 (48%) eram homens.
Local de atendimento:
- 12 vítimas foram atendidas na rede privada de Saúde;
- 11 vítimas foram atendidas na rede pública.
Sorotipo:
- 52% das mortes foram de pacientes infectados com o sorotipo 2 da dengue.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o ano de 2024 superou 2015 como o mais mortal na história da cidade em relação à dengue. Desde o início do ano, foram confirmados 82.053 casos da doença.
Sinais de Alarme e Medidas Preventivas
A Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea Von Zuben, alerta para os sinais de alarme, como dor abdominal, vômitos persistentes, sangramento e aumento do hematócrito no exame de sangue, que podem indicar agravamento da doença.
É importante que os moradores estejam atentos aos sintomas da dengue, como febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, e busquem atendimento médico ao apresentá-los.
A população também deve adotar medidas preventivas, como a utilização de telas de proteção nas janelas, manutenção da limpeza de terrenos e recipientes que possam acumular água parada, entre outras orientações fornecidas pela Secretaria de Saúde.
Diante da gravidade da situação, é fundamental que todos colaborem no combate à dengue, seguindo as orientações das autoridades de saúde e tomando medidas para prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.