Moradores da região de Campinas, diagnosticados com fibrose cística, enfrentam uma espera de aproximadamente um mês pelo acesso ao medicamento Trikafta pela rede pública de saúde. O remédio, avaliado em R$ 92 mil, foi recentemente incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde) e enviado para diversos estados, mas questões burocráticas estão dificultando sua chegada aos paulistas.
O que é Fibrose Cística?
A fibrose cística é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e sistema digestivo. Diagnosticada logo após o nascimento, a doença atinge cerca de 70 mil pessoas em todo o mundo e é a doença genética grave mais comum da infância.
Entraves no Acesso ao Trikafta em São Paulo
Apesar da incorporação do Trikafta ao SUS e sua distribuição para os estados, moradores de São Paulo enfrentam obstáculos para obter o medicamento. A secretaria de Saúde do Estado exige laudos comprobatórios por meio de exames, porém, alguns desses exames são caros e não são disponibilizados pelo SUS, dificultando o acesso ao tratamento.
Impacto na Qualidade de Vida dos Pacientes
Cerca de 300 pacientes recebem o Trikafta por via judicial no Brasil, mas a falta de liberação no estado de São Paulo está impedindo aproximadamente 150 pacientes de receberem o medicamento, segundo dados do centro de referência da fibrose cística da Unicamp. Pacientes relatam que o Trikafta reduz significativamente os sintomas da doença, oferecendo esperança e melhora na qualidade de vida.
Posicionamento das Autoridades
O Ministério da Saúde afirmou que o medicamento Trikafta está disponível na Rede de Atenção à Saúde, sendo distribuído de acordo com a demanda dos estados. O governo de São Paulo informou que os comprimidos estão sendo distribuídos proporcionalmente para três unidades do estado, mas ainda não explicou por que a região de Campinas ainda não foi contemplada.