O mundo está em alerta após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o surto de mpox na África como uma emergência de saúde pública global na quarta-feira passada (14). A doença infecciosa, causada pelo Orthopoxvirus — um vírus da mesma família da varíola, já erradicada — está gerando preocupações devido à sua capacidade de transmissão através do contato direto com lesões ou pele infectada.
De acordo com a OMS, a mpox pode ser transmitida por diversos tipos de contato próximo, incluindo beijos, toques, sexo oral e penetração vaginal e anal com uma pessoa infectada, ou seja, é sexualmente transmissível. Pessoas com múltiplos ou novos parceiros sexuais estão em maior risco. A recomendação é que qualquer pessoa com sintomas de mpox, como lesões e erupções na pele, evite contato íntimo até que tenha sido testada para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e mpox.
Transmissão e Precauções
Ainda não se sabe se o vírus da mpox pode ser transmitido através do sêmen ou fluidos vaginais, o que indica que o uso de preservativos pode não ser totalmente eficaz na proteção contra a doença. Além disso, a mpox pode ser transmitida pelo beijo e pelas gotículas respiratórias, o que reforça a necessidade de evitar o contato próximo e prolongado com pessoas infectadas.
Grupo de Maior Risco
A maioria dos casos relatados no surto de 2022 foram identificados entre gays, bissexuais e homens que fazem sexo com homens. Embora este grupo tenha sido mais afetado, a OMS enfatiza que o risco de contrair mpox não se limita a essas pessoas. A conscientização dentro dessa comunidade é essencial para proteção.
Recomendações da OMS
Para proteger-se e proteger os outros contra a mpox, a OMS recomenda:
- Conhecer os sinais e sintomas da doença.
- Evitar o contato próximo, incluindo contato sexual, com pessoas com mpox.
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool em gel.
- Manter isolamento social até que todas as lesões estejam completamente curadas.
- Usar preservativo por 12 semanas após a recuperação total.
- Evitar contato com animais silvestres em áreas afetadas.
Para o contato sexual, a OMS sugere:
- Comunicar abertamente sobre sintomas e riscos com parceiros.
- Trocar detalhes de contato com parceiros caso desenvolva sintomas.
- Interromper relações sexuais até a recuperação.
- Usar preservativo consistentemente e evitar sexo em grupo e em locais de troca de dinheiro.
Vacinação
O Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de pessoas com maior risco de evolução para formas graves da doença. Isso inclui homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais vivendo com HIV, além de funcionários de laboratórios que lidam diretamente com microrganismos. A imunização também é recomendada para aqueles que tiveram contato com fluidos de pessoas suspeitas ou confirmadas com mpox.
Este alerta global sublinha a importância de medidas de precaução e vigilância contínua para controlar o surto e proteger a saúde pública.