O Distrito Federal está passando pela pior seca dos últimos 44 anos, com a situação se agravando ainda mais, segundo especialistas do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). Desde maio, o ano de 2024 tem registrado a menor incidência de chuvas desde a década de 1980. A previsão é de que a seca persista ou piore em setembro.
Ana Paula Cunha, pesquisadora do Cemaden, alerta que, até o momento, algumas áreas enfrentam seca excepcional, uma condição raramente vista em grande extensão. Ela destaca que a escassez de chuvas começou em 2023 e a situação é preocupante, com algumas localidades não registrando precipitação no inverno.
Além do Distrito Federal, outros 16 estados brasileiros estão experimentando a pior seca dos últimos anos. A projeção para 2040 é alarmante, com a expectativa de que as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste enfrentem períodos ainda mais severos de seca.
Poluição no Distrito Federal
A seca tem contribuído para a deterioração da qualidade do ar no Distrito Federal, que foi classificada como a 4ª cidade mais poluída do Brasil no último domingo (25/8). A concentração de partículas de poeira foi 2,3 vezes acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A poluição foi intensificada por queimadas em todo o país e incêndios no próprio Distrito Federal. No entanto, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que uma mudança na direção dos ventos pode melhorar a qualidade do ar, com a expectativa de um céu mais limpo a partir do fim de semana.