A Organização Mundial da Saúde (OMS) reafirmou em agosto que a mpox (anteriormente conhecida como varíola dos macacos) é uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Esta decisão é motivada pela circulação de uma nova variante do vírus, o Clado 1b, que apresenta maior mortalidade e transmissão, especialmente na África Central, e afeta predominantemente crianças, além de se propagar por múltiplos modos.
Situação no Brasil
No Brasil, até o final de agosto de 2024, foram registrados 1.024 casos confirmados, prováveis e suspeitos de mpox. A maioria desses casos (81,6%) foi relatada na região Sudeste, com destaque para os estados de São Paulo (51,5%), Rio de Janeiro (23,2%), Minas Gerais (6%) e Bahia (4,2%). Entre as cidades, São Paulo lidera com 322 casos (38,5%), seguido pelo Rio de Janeiro (177 casos, 21,2%), Belo Horizonte (43 casos, 5,1%), Salvador (30 casos, 3,6%) e Brasília (17 casos, 2%).
Em comparação com o pico da doença em 2022, quando mais de 10 mil casos foram notificados, os números atuais são consideravelmente menores. Em 2024, não houve casos confirmados ou prováveis em seis estados: Roraima, Amapá, Tocantins, Maranhão e Piauí.
O Ministério da Saúde informou que, até a última atualização em 27 de agosto, não houve mortes por mpox neste ano no Brasil, com o último óbito registrado em abril de 2023. Em 2022, durante o pico do surto, o país contabilizou 14 mortes.
Apesar do alerta internacional, o Brasil mantém um controle relativamente eficiente sobre a doença, com a maioria dos casos ocorrendo nas regiões Sudeste e em algumas das principais cidades do país.