A hipertensão, uma condição crônica caracterizada por níveis elevados de pressão arterial, passa a ter novas diretrizes de diagnóstico e tratamento, conforme apresentado no Congresso Europeu de Cardiologia, em Londres. A mudança, que redefine a pressão “12 por 8” como “pressão arterial elevada”, visa alertar pacientes sobre os riscos de hipertensão antes que a condição se agrave.
Mudanças na Classificação da Pressão Arterial
Tradicionalmente, os níveis de pressão arterial eram classificados em seis categorias, mas agora as novas diretrizes simplificam isso em três:
- Pressão arterial não elevada: abaixo de 120 por 70 mmHg (“12 por 7”);
- Pressão arterial elevada: entre 120 por 70 mmHg e 139 por 89 mmHg (“12 por 7” a “14 por 9”);
- Hipertensão arterial: maior que 140 por 90 mmHg (acima de “14 por 9”).
Essas mudanças reconhecem que a transição de pressão normal para hipertensão não ocorre repentinamente, permitindo que pacientes em risco de doenças cardiovasculares recebam tratamento preventivo mais cedo.
Riscos Associados e Necessidade de Tratamento
Especialistas alertam que níveis elevados de pressão arterial não tratados podem levar a sérios problemas de saúde, como insuficiência cardíaca, infarto e AVC. As novas diretrizes enfatizam a importância de intervenções no estilo de vida, como redução do consumo de sal e prática de exercícios, especialmente para aqueles com pressão elevada, antes de iniciar a medicação.
Abordagem Personalizada no Tratamento
O tratamento deve ser personalizado, considerando o nível de pressão arterial e o risco de doenças cardiovasculares. Para pacientes com pressão elevada, mudanças no estilo de vida são recomendadas inicialmente, com o uso de medicamentos sendo considerado apenas se não houver melhora. Já para aqueles diagnosticados com hipertensão, o tratamento deve ser iniciado imediatamente.
Orientações para Medição da Pressão Arterial
As diretrizes também incluem recomendações para a medição da pressão arterial, tanto em casa quanto em consultórios. Para medições em casa, deve-se realizar duas medições diárias durante uma semana, enquanto as medições no consultório devem ser feitas após um período de repouso, seguindo protocolos específicos para garantir a precisão dos resultados.
Essas mudanças nas diretrizes visam não apenas melhorar a detecção e o tratamento da hipertensão, mas também engajar os pacientes em uma abordagem proativa em relação à sua saúde cardiovascular.