Monte Mor, cidade localizada no interior de São Paulo, enfrentou uma situação crítica nesta terça-feira (3) após o Rio Capivari transbordar, provocando alagamentos em diversas ruas e imóveis. O município registrou 80 milímetros de chuva em apenas 24 horas, o que causou um aumento significativo no nível do rio, que passou de 1,2 metro — valor considerado normal para esta época do ano — para 4,09 metros. Caso a água atinja os 4,5 metros, o transbordo será total, o que representa um risco ainda maior para a população local.
De acordo com os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Monte Mor foi uma das cidades com o maior volume de chuva no estado na segunda-feira (2).
Alagamentos e Dificuldades no Jardim São Bom Jesus e Jardim Colina 3
Nos bairros mais afetados, como o Jardim São Bom Jesus e o Jardim Colina 3, os moradores enfrentaram grandes dificuldades. No Jardim São Bom Jesus, um condomínio ficou ilhado, e os moradores precisaram improvisar com tábuas para conseguir sair de casa sem se molhar na água barrenta. “Eu presencio isso aqui há 13 anos. Com o passar do tempo, isso está aumentando. Antigamente era lama de 10, 20 centímetros, hoje está com quase 1 metro de altura de água. Você acaba convivendo com o medo”, relatou Claudiomar Siqueira, analista de auditoria e morador da região.
No Jardim Colina 3, mais distante do rio, as ruas foram tomadas pela água, e as casas localizadas em áreas mais baixas ficaram alagadas. A falta de asfalto na região agravou ainda mais a situação, dificultando a locomoção em dias de chuva forte.
Respostas da Prefeitura e Ações Emergenciais
A Prefeitura de Monte Mor informou que recebeu relatos sobre os bairros afetados e encaminhou as demandas à Secretaria de Planejamento e Obras. A administração municipal também anunciou que realizará uma avaliação mais detalhada dos locais afetados assim que o tempo estiver mais estável. Contudo, as ações corretivas e preventivas só poderão ser implementadas após a melhora das condições climáticas.
Quanto à falta de asfalto nas regiões mais atingidas, a prefeitura destacou que o problema será discutido com a nova administração, que assumirá o cargo em janeiro de 2025. Por ora, serão realizadas ações emergenciais para amenizar os impactos dos alagamentos.
Além disso, a cidade também enfrentou alagamentos nas ruas Siqueira Campos e XV de Novembro. O município segue monitorando a situação e adotando medidas para garantir a segurança dos moradores enquanto as chuvas continuam.