O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Piracicaba reportou 77.038 casos confirmados de dengue em 2024, um aumento alarmante de 1.139% em comparação ao ano anterior, que registrou 6.215 casos. A cidade de Piracicaba, a maior da região, foi a mais afetada, com 29.441 casos e 16 mortes, de acordo com a Vigilância Epidemiológica municipal. Em 2023, a cidade registrou 2.956 casos e 3 óbitos.
A DRS de Piracicaba abrange 26 municípios, incluindo Águas de São Pedro, Araras, Limeira, Rio Claro, entre outros. O aumento significativo nos casos de dengue neste ano é preocupante, e as autoridades de saúde alertam para a necessidade urgente de ações preventivas para controlar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Previsões para 2025
Para 2025, as projeções indicam que o número de casos de dengue, embora inferior ao registrado em 2024, ainda será expressivo. A coordenadora de Vigilância em Saúde de Piracicaba, Karina Corrêa Contiero, destaca que o cenário da doença é influenciado por diversos fatores, como as mudanças climáticas e as condições estruturais que favorecem a criação de criadouros do mosquito. “É essencial a conscientização e colaboração da população na eliminação de focos de água parada”, afirmou Karina.
Outro desafio enfrentado pela administração municipal é a dificuldade em realizar vistorias em imóveis, com índice de pendências chegando a 50%, o que pode dificultar o controle da infestação.
Vacinação contra a dengue
A vacinação contra a dengue segue em Piracicaba, focando em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A vacina é aplicada em duas doses, com intervalo de três meses, e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades de Saúde da Família (USFs), de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h. Para receber a vacina, é necessário apresentar um documento de identificação com foto e o Cartão Nacional do SUS ou Cartão Pira Cidadão.
Dicas de prevenção
A Prefeitura de Piracicaba também alerta a população sobre medidas simples, mas eficazes, para prevenir a dengue, como o uso de repelentes, eliminação de focos de água parada, limpeza de calhas e cuidados com os pratinhos de plantas. Além disso, em caso de suspeita de dengue, é fundamental procurar uma unidade de saúde e evitar a automedicação.
Denúncias e orientações
A população pode denunciar locais com possíveis criadouros do mosquito, como imóveis abandonados, através do SIP 156. Para mais orientações, o telefone da Vigilância Epidemiológica é (19) 3427-3351.
A colaboração de todos é fundamental para conter o avanço da doença, que tem causado sérios impactos na saúde pública da região.